“O Parlamento vai fazer o que puder para avançar na política de igualdade racial”, garante Cabo Campos

O deputado estadual Cabo Campos participou, esta semana, da IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (COEPIR), que tem como tema ‘O Brasil na década dos afrodescendentes’. O parlamentar representou a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema) na cerimônia de abertura do evento que discutiu e propôs políticas públicas voltadas para a população negra do Estado. A Conferência aconteceu entre os dias 17 e 19 de outubro, em São Luís.

“A Igualdade Racial é tema extremamente atual. Dizem que o nosso povo foi liberto em 1888, mas liberdade efetiva nós não temos. Nós precisamos realmente discutir onde está a Igualdade Racial no Brasil, haja vista que o nosso povo negro ainda continua sofrendo. Deixamos as senzalas, mas ainda precisamos de inclusão. Inclusive, gostaria de parabenizar aqueles que trabalham na inclusão. Mas, nessa década do afrodescendente no Brasil, nós precisamos ainda avançar muito. Recentemente, estivemos na Baixada Maranhense com o Aldo, que é representante de 36 comunidades quilombolas, onde o básico ainda está faltando, que é a água. Nós estamos aqui com o secretariado. Vamos colher as informações e discutir as demandas. O que o parlamento estadual puder, vai fazer para avançar na política de igualdade racial”, garantiu Campos.

Após o credenciamento, a COEPIR iniciou suas atividades com a Mesa de Abertura e a Conferência Magna: “O Brasil na Década dos Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça, Desenvolvimento e Igualdade de Direitos”, ministrada pela professora doutora Silvane Magali Vele Nascimento, assistente social e professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Maranhão  (UFMA); mestre em Psicologia Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e doutora em Políticas Públicas (UFMA).

Ao encerrar o evento, o deputado Cabo Campos disse que a representatividade no Parlamento Estadual precisa aumentar. Segundo o parlamentar, o percentual de negros não chega a 10%. Apesar disso, ressaltou que todos os que ocupam cadeiras na Assembleia Legislativa tem se esforçado para promover a equidade de direitos. “Eu sou negro. Queridos, as pessoas que me antecederam disseram que, na Assembleia Legislativa, a quantidade de negros é mínima e não chega a 10%. Mas esses negros que lá estão tem avanços a exemplo da instituição do Dia do Negro Cosmo, que passou a fazer parte oficialmente parte do nosso calendário; temos também o sistema de cotas para concurso na Assembleia Legislativa; sem esquecer dos nossos indígenas, por quem já elaboramos um Projeto de Lei para a reserva de vagas no concurso da Polícia Militar do Maranhão. Precisamos ocupar todos os espaços da sociedade. Só assim teremos uma política de igualdade racial afirmativa”, finalizou Campos.

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