Bancada Maranhense, unida, quer retomada da Refinaria Premium

De O Estado – A
bancada maranhense no Congresso Nacional já se mobiliza em Brasília pela
retomada do projeto da Refina ria Premium I, em Bacabeira, abandonado pela
Petrobras. A decisão provocou reação de toda aesfera política do estado. Na
Assembleia Legislativa, os parlamentares discutem o formato de uma Frente
Parlamentar para tratar do tema.
No
Senado, o senador João Alberto de Souza (PMDB) defendeu a retomada imediata do
projeto.
Na
Câmara, os deputados Eliziane Gama (PPS) e Pedro Fernandes (PTB) cobraram uma
posição oficial do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Também se
manifestaram em Brasília os deputados André Fufuca (PEN), Júnior Marreca (PEN),
Hildo Rocha (PMDB), Victor Mendes (PV) e Weverton Rocha (PDT).
Coordenador
da bancada maranhense, Pedro Fernandes (PTB) afirmou em discurso que pedirá uma
audiência com o ministro de Minas e Energia, senador Eduardo Braga (PMDB), para
obter uma resposta em relação ao que há de concreto para a refinaria. “O que
nós queremos no momento é uma explicação. O Maranhão em pontos estratégicos de
logística é talvez hoje a referência para a construção de uma refinaria no
país”, disse.
A
deputada Eliziane Gama (PPS), por sua vez, protocolou, na noite de terça-feira,
requerimento com pedido de informações, endereçado ao ministro Eduardo Braga,
para que seja explicado os critérios utilizados pela Petrobras e pelo Governo
Federal para decretar o fim do empreendimento no Maranhão. O ministro tem um
prazo de 30 dias. “O Nordeste merece respeito. Quero fazer meu protesto e pedir
o apoio da bancada do Maranhão, do Ceará, Pernambuco e dos demais estados, para
que atuemos com força e não aceitemos mais esse engodo contra o Nordeste”,
ressaltou.
Luta
– O deputado André Fufuca lamentou a desistência da Petrobras no projeto de
construir uma refinaria no estado, mas conclamou a classe política,
principalmente a do Maranhão, a ‘brigar’ pela retomada das obras. “Temos de
lutar para que a implantação da refinaria de Bacabeira aconteça”, ressaltou.
Victor Mendes (PV)
usou a mesma linha de raciocínio de Fufuca e reafirmou compromisso de cobrar,
do Governo Federal e da Petrobras, a continuidade das obras da refinaria no
estado. “Temos de exigir uma resposta mais respeitosa aos maranhenses, que
tiveram as suas expectativas frustradas com a descontinuidade do projeto. O
anúncio da suspensão foi um duro golpe na esperança de muitos maranhenses, que,
como eu, acreditavam na continuidade da refinaria. […] Como representantes do
Maranhão, devemos nos mobilizar e fazer o possível para garantir o
empreendimento”, afirmou.
Hildo
Rocha, deputado federal pelo PMDB, também se colocou na linha de frente para
cobrar do Governo Federal uma solução para o problema. “Isso não pode ficar da
forma como se encontra, nós temos de estar unidos para buscar uma solução para
esta questão. Entendo que, unidos os 18 deputados e os três senadores, vamos
conseguir que essa refinaria se torne uma realidade a curto ou médio prazo”,
enfatizou.
Weverton
Rocha (PDT), que participou da reunião da bancada maranhense que tratou sobre o
tema, falou em articular estratégias e ações. “Esse projeto representa o sonho
de milhares de maranhenses e o desenvolvimento do nosso estado”, concluiu.
Retomada – O senador João
Alberto de Souza(PMDB) defendeu na terça-feira, em discurso proferido no
plenário do Legislativo, a retomada das obras de instalação da Refinaria
Premium I no município de Bacabeira.
De
acordo com o senador, o povo do estado do Maranhão não tem culpa pela corrupção
na estatal e não pode ser penalizado com a interrupção de tão importante
projeto.
“Venho
a esta tribuna com uma tristeza muito grande porque eu vou falar da Petrobras,
uma empresa que eu sempre defendi, mas lamento que a Petrobras agora cometa um
ato de violência determinando a suspensão da construção”, lamentou.
João
Alberto falou de toda a mobilização que há da classe política e pediu respostas
da estatal. “Eu vejo o governador do Ceará se pronunciando veementemente contra
essa posição da Petrobras, vejo a Assembleia Legislativa do Maranhão, a Câmara
Municipal de São Luís, a manifestação do povo do Maranhão contra essa violência
perpetrada contra o nosso estado. A inauguração da refinaria estava prevista
para 2018. Era a grande euforia do nosso estado. O povo não é culpado”, disse.

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