O valor de R$ 548 mil destinado a um contrato de consultoria, especialmente em um momento em que a cidade enfrenta problemas significativos em áreas essenciais, como infraestrutura, saúde e abastecimento de água, tem gerado descontentamento entre os moradores e lideranças políticas.
O Contrato celebrado pela gestão Magno em Guimarães levanta questões importantes sobre prioridades e o uso de recursos públicos.
A despeito da necessidade de uma consultoria em auditoria fiscal e tributária, a destinação de um valor tão alto pode ser vista como inadequada quando há problemas estruturais urgentes a serem resolvidos. A população espera que os investimentos públicos sejam direcionados para a melhoria da qualidade de vida, como a manutenção de estradas e saúde pública.A pressão da população por mais transparência é um sinal positivo de engajamento cívico. Os cidadãos têm o direito de questionar como o dinheiro público é gasto, e as autoridades devem estar preparadas para justificar suas decisões. A falta de clareza ou explicações sobre a necessidade da consultoria pode gerar desconfiança e resistência.
A eficácia de uma consultoria deve ser avaliada à luz dos resultados que ela pode trazer para o município. Se a empresa contratada é capaz de aumentar a arrecadação e melhorar a gestão tributária, pode haver justificativa para o investimento. Contudo, é fundamental que essas expectativas sejam claramente comunicadas à população.
O valor gasto em consultoria poderia ser redirecionado para soluções mais imediatas, como a melhoria das condições das estradas ou investimentos em saúde. É preciso analisar se as melhorias propostas pela consultoria realmente trarão benefícios palpáveis para a população a curto e médio prazo.
Seria benéfico realizar audiências públicas onde a gestão municipal apresente o plano de trabalho da consultoria e como isso se conecta com a resolução dos problemas mais urgentes da cidade.
A gestão deve se comprometer a apresentar um relatório de resultados periódicos sobre o trabalho da consultoria e o impacto gerado nas finanças do município.
Incentivar a participação da comunidade na fiscalização do uso de recursos e na aprovação de prioridades orçamentárias pode ajudar a garantir que as necessidades mais urgentes sejam atendidas.
Esse tipo de situação evidencia uma necessidade contínua de diálogo entre a administração pública e a sociedade civil, visando um uso responsável e eficaz dos recursos públicos em benefício de todos.