Definido o prazo para enviar inquérito à Justiça sobre execução de Décio

Até
o começo do mês do próximo mês, a Polícia Civil vai encaminhar o
inquérito da morte do jornalista e blogueiro Décio Sá para a Justiça,
ocorrida no dia 23 de abril. E ainda terá uma nova missão: investigar o
crime de agiotagem de forma criteriosa e minuciosa, no Maranhão. Segundo
a delegada geral da Polícia Civil, Cristina Menezes, há possibilidade
de envolvimento de gestores municipais, principalmente, do interior do
estado que gastaram dinheiro público nesse tipo de ação criminosa.

Ontem,
a delegada geral da Polícia Civil baixou uma portaria criando nova
comissão de delegados para apurar a prática de agiotagem no estado. Os
nomes citados foram dos delegados Maymone Barros, Roberto Larrat,
Roberto Wagner e Breno Araújo. Este último delegado é especialista na
investigação de crime de informática.

De acordo com Cristina
Menezes, durante o trabalho investigativo do homicídio de Décio Sá ficou
claro que o motivo desse crime foi a prática de agiotagem no estado. A
polícia também está ciente que esse tipo de crime é realizado por uma,
entre outras, quadrilha formada por José de Alencar Miranda Carvalho, de
72 anos, Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 34 anos, e José Raimundo
Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”.
Todos são acusados, no inquérito policial, como mandantes da morte do jornalista.
Ela
não deixou de frisar que alguns gestores públicos talvez tenham
utilizado dinheiro público, sejam de cunho municipal, estadual e
federal, para o pagamento de agiotas.
Até o momento, a
lista com nomes de gestores é enorme, mas “todos serão investigados de
forma criteriosa e minuciosa pela comissão de delegados”, segundo a
delegada. “Os nomes não serão divulgados neste momento, para não
incriminar ninguém sem ter provas contundentes. Em relação ao trabalho
investigativo do Caso Décio será concluído ainda na primeira semana de
agosto e imediatamente encaminhado para a Justiça”.

PF investigado
Na
última quinta-feira, 26, a assessoria de comunicação da Polícia Federal
enviou uma nota à imprensa local esclarecendo que o órgão está
investigando um possível envolvimento de um funcionário federal na morte
do jornalista Décio Sá e a sindicância teve início desde o dia 5 de
julho. A vítima foi atingida por cinco tiros, sendo na cabeça e nas
costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados
como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem
como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e
Júnior ‘Bolinha’. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em
uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime
ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foram pago e Jhonatan
denunciou os envolvidos à polícia.

De: O imparcial

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