Em prol da Baixada Maranhense

A Assembleia Legislativa vai elaborar
um termo de cooperação técnica juntamente com diversas entidades estaduais para
solucionar a situação de eletrificação nos campos da Baixada Maranhense. A
deliberação partiu de reunião presidida na tarde desta terça-feira (6) pelo
deputado Jota Pinto (PEN), com a presença de representantes das secretarias de
Pesca, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Codevasf, Ibama, Ministério Público,
entre outras entidades.
O deputado Jota
Pinto destacou o objetivo de definir um plano de ação conjunta acerca da
colocação de cercas elétricas nos campos da Baixada, de forma a definir a
contribuição de cada instituição para solucionar o problema. A ideia é que o
termo de cooperação a ser elaborado pelas instituições seja apresentado em
audiência pública marcada para o dia 5 de setembro.
Na oportunidade, a
consultora legislativa de Meio Ambiente, Luzenice Macedo, apresentou às
entidades o projeto de Emenda à Constituição Estadual que pretende definir as
áreas úmidas dos campos da Baixada como patrimônio natural, uma forma de frear
o avanço das cercas elétricas nas áreas.
O secretário de
Pesca e Agricultura, Dayvson Franklin de Souza, destacou a importância do
desenvolvimento dos campos da Baixada, defendendo que o plano de ação não só
contemple a preservação, mas considere também os espaços com potencial
produtivo.
O promotor
Emmanuel Soares, por sua vez, ressaltou o êxito do recurso do Ministério
Público para evitar a criação de búfalos nas áreas alagadas da Baixada
Maranhense, prática apontada como prejudicial ao ecossistema da região.
Emmanuel enfatizou a atuação do Ministério Público como caminho que possa
solucionar também a questão das cercas elétricas.
Já o
superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Jorge Pinto,
defendeu a necessidade de mapeamento e titularização dos terrenos, bem como de
um trabalho de conscientização dos proprietários de terras sobre as
consequências da eletrificação dos campos.
Para a analista
ambiental do Ibama, Ciclene Brito, a falta de fiscalização acentua a prática de
eletrificação dos campos. Ela sugeriu a definição de notificações aos
proprietários de terras e, caso os mesmos não procedam à retirada das cercas, a
fixação de multas.
TERMO DE COOPERAÇÃO – Os representantes de cada instituição
encaminharão, por escrito, suas considerações à consultoria legislativa da
Casa, como forma de subsidiar a minuta de termo de cooperação a ser assinado
por cada instituição.
Foi definido
também reforçar o convite às demais instituições para que se façam presentes às
reuniões de trabalho e à audiência que será realizada no dia 5 de setembro.
Também
participaram da reunião o superintendente do Ibama, Pedro Soares Filho, o
superintendente substituto do órgão, Ricardo Arruda, o assessor da Secretaria
de Desenvolvimento, Luiz Fernando Pinheiro, o superintendente e o engenheiro da
Codevasf, João Batista Martins e Sérgio Luiz Costa, o secretário adjunto de
Meio Ambiente, José Jânio Lins e o consultor legislativo, Carlos Lula.

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