Deuzanira Rodrigues, de 52 anos, sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica.
Há um ano, dona Deuzanira Rodrigues, de 52 anos, está internada no Hospital Carlos Macieira, em São Luís, onde enfrenta uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica, também, conhecida como ELA. Quem a acompanha nesta luta diária são, principalmente, os quatro filhos.
O mais velho deles, Rodolfo Rodrigues, de 31 anos, contou como é esta dura realidade ao Imirante.com. Acostumado a ver a mãe pescando, seu ganha-pão na época em que morava na cidade de Pinheiro, agora, o jovem luta para vê-la em casa vivendo com dignidade.
“Em outubro de 2015, ela começou a mancar do pé direito”. Ele explica como tudo começou. O diagnóstico demorou meses e, aos poucos, dona Deuzanira foi perdendo a firmeza e os movimentos. Segundo Rodolfo, ela sofreu algumas quedas e chegou a um ponto em que já não fala mais e respira com ajuda de aparelhos. “Eu não sei se existe algo pior para acontecer com o ser humano do que essa doença”, indaga.
Ao chegar à capital maranhense, dona Deuzanira trabalhava como manicure. Ela partiu porque a casa sempre alagava após as chuvas. Aqui, morou no bairro Parque Vitória. Os filhos tentam vender a casa, que ficou abandonada em Pinheiro, para que ela tenha um lar, totalmente dela, em São Luís.
Além disso, a família espera poder comprar uma cadeira, que é adaptada também para fazer o paciente se levantar, e um aparelho que ajude na comunicação. Porém, os custos são altíssimos. O custo de tudo isso está perto dos R$ 30 mil.
Rodolfo iniciou, então, uma campanha na internet para buscar ajuda. Por meio de um site, ele criou uma “vaquinha virtual”, e já conseguiu arrecadar mais de R$ 6 mil, somando também o que é depositado direto na conta dele. Por causa da burocracia, como ele próprio afirma, ainda não conseguiu aposentar a mãe.
Sem condições de arcar com tamanha despesa, os rapazes se doam por inteiro pela mulher que os criou com tantas dificuldades. “O tratamento mesmo é o amor, o cuidado”, pontua.
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença progressiva neuromuscular caracterizada pelo comprometimento dos neurônios motores. A perda desses neurônios afeta a mobilidade de pernas e braços, deixando a pessoa tetraplégica. Os músculos responsáveis pela respiração, fala e deglutição também são afetados, o que acarreta dificuldade para comer e até mesmo respirar. No entanto, não são afetados o raciocínio intelectual, visão, audição, paladar, nem olfato.
Atualmente, estima-se que há 12 mil pessoas com a doença no Brasil.