Quadrilha que praticou roubos em caixas de Palmeirândia e Araguanã foi desarticulada

Resultado
de mais um trabalho de investigação, a Polícia Civil do Maranhão conseguiu
desarticular mais uma quadrilha de ‘caixeiros’ (como são conhecidos no mundo do
crime aqueles que explodem caixas eletrônicos) que atuava no Maranhão. A ação
deflagrada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic),
que contou com o apoio do serviço de Inteligência da Secretaria de Estado de
Segurança Pública (SSP) conseguiu prender quatro pessoas suspeitas de
envolvimento em arrombamentos de caixas eletrônicos em diversos municípios.
O
grupo, que era composto por dois maranhenses, dois homens do Piauí e outro da
Paraíba, foram apresentados durante entrevista coletiva, na manhã desta
quinta-feira (1º), no Auditório da SSP, pelo secretário de Segurança, Aluisio
Mendes. Ele estava acompanhado do secretário-adjunto de Inteligência e Assuntos
Estratégico, Laércio Costa; do superintendente Estadual de Investigações
Criminais, Augusto Barros; e do delegado Luis Jorge, chefe do Departamento de
Combate a Roubos da Seic.
Segundo
informações policiais, os integrantes do grupo confessaram crimes nas cidades
de Igarapé do Meio, Governador Newton Belo, Araguanã, Satubina, Palmeirândia,
Satubinha, Peritoró. Nesta última cidade, a ação teria durado aproximadamente 5
minutos. A Polícia ainda investiga a participação em roubos das cidades de
Matinha e Alto Alegre.
“Continuo
afirmando que todas as quadrilhas que escolherem o Maranhão para cometer este
tipo de crime serão identificadas e presas. Esta era o último bando que estava
em operação e que faltava a ser preso. E quem tentar buscar o Maranhão para
executar esta prática, a resposta que temos dado é que todos serão presos.
Garanto que estaremos intensificando o patrulhamento e o núcleo de inteligência
estará atento a qualquer movimentação”, afirmou Aluisio Mendes.
Durante
a operação foram detidos, o comerciante Maciel Carlos da Silva de Matos,
natural de Santa Inês, 27 anos, residente na Rua Governador Sarney, nº 349,
Centro; Cristovão Limeira Neto, conhecido como “vovó ou coroa”, de Bananeiras
(Paraíba), 52 anos. Ele, segundo a Polícia, já residia em Santa Inês há vários
anos e possuía uma residência própria naquela cidade, localizada na Rua 15 de
Novembro. Além deles, foram presos ainda, Fábio Cavalcante de Carvalho, natural
de Vitoria do Mearim, 27 anos e Josafá Ferreira dos Santos, conhecido por “Fa”,
oriundo de Teresina (Piauí), de 24 anos.
Investigação
Os
investigadores chegaram aos “caixeiros”, porque o grupo utilizava sempre a
mesma estratégia de ação. Levantamentos policiais apontam que, apenas na cidade
de Governador Newton Belo, o grupo tinha feito à utilização de maçarico, e em
todas as outras, usava baterias elétricas para explodir os terminais
eletrônicos. Em valores, de acordo com Aluisio Mendes, o bando teria arrecadado
com as seis ações criminosas, mais de R$ 500 mil. 
Em
poder dos caixeiros foram apreendidos três veículos, sendo dois Honda Civic de
cor preta com placas de Recife (PE) e de Timon (MA) e uma Savero sem placas. Um
dos veículos teria sido comprado à vista pelo valor de R$ 45 mil reais. Do
carro, foram trocados as rodas que teriam custado, segundo a polícia, 20 mil.
Além dos veículos, a polícia encontrou uma alavanca, uma bateria e fios
elétricos e uma quantia de R$ 15 mil reais.
Prisão
do bando
Segundo
o delegado Luis Jorge, que comandou a ação, o grupo vinha utilizando a cidade
de Santa Inês como sede para guardar o dinheiro roubado. “Mobilizamos os
trabalhos em prol daquela cidade. Tínhamos informações que um Honda Civic preto
estaria sendo usado para fazer o transporte dos criminosos durante as
explosões. Coincidentemente, um carro com as mesmas características foi
interceptado em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), rapidamente
solicitamos que os policiais mantivessem os dois ocupantes presos até nossa
chegada”, detalhou o delegado.
O
delegado disse ainda que no início do interrogatório os ocupantes negaram o
envolvimento no crime, porém com o trabalho de inteligência foi possível
comprovar a materialidade e envolvimento do grupo, que confessou que estaria em
deslocamento para resgatar o restante do bando. Luis Jorge explicou que, de
posse das informações, as equipes se deslocaram até o ponto indicado pelos
criminosos e ao perceberem que o plano do resgate não tinha tido êxito, os
integrantes retornaram para Santa Inês. “Depois desse momento, identificamos os
endereços e prendemos os envolvidos”, concluiu o chefe da operação.
Dois
integrantes conseguiram se evadir. As buscas continuam a fim de localizar e
prender o resto do grupo. A Polícia acredita que o armamento e o restante do
dinheiro estejam em poder dos foragidos. Eles serão autuados por furto
qualificado, formação de quadrilha ou bando armado e ainda por roubo.

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