CPI do Combustível é instalada na AL

Presidida
pelo deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), foi instalada hoje (3) a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a suposta formação de cartel no
setor de revenda de combustíveis em São Luís. O relator será o deputado César
Pires (DEM).
Segundo
o comunista, a CPI do Combustível já deliberou sobre os primeiros passos da
apuração. Na próxima quarta-feira (9), o promotor de Justiça da Ordem
Tributária e Econômica, José Osmar Alves – autor da denúncia sobre a formação
de cartel nos postos de combustíveis em São Luís, feita em 201 – será o
primeiro ouvido pelos deputados.
Em
entrevista ao jornalista Diego Torres, do Imirante.com, ele declarou ter-se
arrependido de não haver pedido a prisão dos donos de postos, em vez de apenas
multas.
“Eu
iria pedir a multa de R$ 250 mil, mas muitos deles não tinham como pagar isso”,
afirmou o promotor antes de ligar para a secretaria onde está o processo e ter
a confirmação de que pelos menos três empresários ainda não pagaram a multa
estipulada. “Eu deveria ter mandado prender todos; a lei dizia que poderia ser
aplicada a pena de reclusão ou a multa”, informou.
Durante
as investigações do MP-MA também foi descoberto como era feito o acerto do
preço do combustível. Ficaram definidos quatro “corredores” dentro da região
metropolitana da capital. Três anos depois, os corredores deixaram de existir e
praticamente todos os postos cobram R$ 2,999 pelo litro da gasolina comum.
“O
que eles estão fazendo hoje com o povo de São Luís é um acinte”, reage o
promotor José Osmar Alves. Ele admite que o baixo valor da multa pode ter
deixado a sensação de impunidade. “Pode ser que isto tenha influenciado, é uma
hipótese, mas ninguém pode nem provar isso. O problema todo foi do legislador”,
acrescenta, referindo-se à redação da lei.

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