Crimes de pistolagem voltam a ser praticados com frequência no Maranhão

O ex-deputado Peixotinho foi executado a tiros dentro de um
carro,quando estava na companhia da esposa

Os homicídios encomendados, praticados mediante
pagamento, conhecidos como crime de pistolagem, visto serem praticados por
assassinos de aluguel ou popularmente conhecidos como “pistoleiros”, é uma
modalidade que historicamente vem ocupando espaço na crônica criminal e que se
tornou comum no Maranhão, notadamente no interior do estado.

A prática se instalou no estado e é muito comum, principalmente, em
determinadas regiões como as cidades de Imperatriz, Bacabal, Santa Inês, Lago
da Pedra, Dom Pedro, Tuntum, São João Batista, São Bento, Presidente Dutra,
Barra do Corda e outros. A população nessas comunidades vivem em clima de
apreensão, pois sabem que todo desentendimento ou rixa pode ser resolvido “na
bala” e que quando isso acontece muitos inocentes acabam tendo as vidas
afetadas pelas rivalidades.

Trata-se de um crime muito organizado o que dificulta as investigações.
Dificilmente um crime praticado por pistoleiros, é elucidado por completo. Nos
últimos dias, os crimes de encomenda recrudesceram na região Central do
Maranhão, com as ocorrências de vários assassinatos, com crimes relacionados
entre si.

Tudo teve início em janeiro de 2012 quando o prefeito de São José dos Basílios,
conhecido como Chico Riograndense, foi abatido com cinco tiros de pistola
calibre 380. Este crime foi atribuído a Antonio Pereira de Sousa, conhecido
como “Antonio Velho”. Em 12 de julho do ano passado, foi assassinado Diogo
Gomes de Freitas, então vereador no município de Dom Pedro, crime atribuído ao
ex-deputado Edilson Peixoto – o “Peixotinho”, que a família da vítima apontou
como o mandante.

Treze dias depois, o ex-parlamentar Peixotinho foi executado a tiros dentro de
um carro, quando estava na companhia da esposa. Neste crime figurou como
principal suspeito, um homem conhecido como Antônio Velho, que seria o executor
do prefeito Chico Riograndense. Ele foi preso no fim do ano passado, sob
acusação de ter pilotado uma motocicleta para o pistoleiro José Domingos Sousa,
conhecido como “Galego”, que seria o matador do ex-deputado Peixotinho. Galego
foi morto em setembro de 2013, em Tuntum.

Valdete Freitas, irmão do vereador Diogo Gomes de Freitas, apontado como
mandante do assassínio do ex-deputado Peixotinho, foi morto em dezembro
passado, na cidade de Dom Pedro, e Antonio Velho, que também teve participação
na morte de Peixotinho, foi morto, alvejado com dois tiros na nuca, no dia 14
de fevereiro deste ano, quando participava de um velório em Presidente Dutra.

Crime difícil
A polícia está empenhada em combater este tipo de crime, mas encontra
dificuldades nas investigações, diante da complexidade dos casos, garante a
delegada geral da Polícia Civil Maria Cristina Menezes.
O Imparcial.

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