Governadora e Arnaldo Melo tentarão consenso para eleição indireta

De O Estado –
A cúpula do governo Roseana Sarney (PMDB) e o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), devem manter, logo após o Carnaval,
uma reunião na qual discutirão as possibilidades de composição caso a
peemedebista resolva mesmo renunciar ao cargo para disputar a vaga no Senado a
ser aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB).
A informação foi
confirmada ontem pelo secretário-chefe da Casa Civil, João Abreu (PMDB). O
senador José Sarney (PMDB-AP), que está em São Luís desde o fim de semana,
também deve acompanhar a conversa.
Segundo Abreu, já
houve uma reunião entre a governadora e o presidente da Casa, antes do
Carnaval. “Mas nada decisivo”, adiantou. Segundo ele, a partir do próximo
encontro começarão a ser delineadas as bases do que acredita ser um “acordo
bom” para o grupo.
“Essa será, de
fato, a primeira conversa. E como toda conversa nesse nível, é claro que as
coisas não se resolvem de uma vez só. Será um início de contato para o
estabelecimento de um acordo bom para todo o grupo”, destacou.
Atualmente,
Roseana Sarney e Arnaldo Melo travam uma espécie de queda de braço velada. Se a
governadora deixar o comando do Executivo, é o presidente da Assembleia quem
assume para, 30 dias depois, realizar eleição indireta para o cargo vago.
Apenas parlamentares têm direito a voto.
O próprio Arnaldo
tem-se articulado entre os colegas para eleger-se indiretamente. Mas Roseana
tem demonstrado preferência pela eleição do seu secretário de Estado de
Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB). Segundo apurou O Estado, enquanto
não há entendimento entre os dois chefes de poderes, a decisão da peemedebista
é de permanecer no cargo e concluir o mandato.
Grupo – Apesar do
jogo de bastidores, na única vez em que se manifestou publicamente sobre o
assunto, Roseana Sarney afirmou que a decisão seria da Assembleia. Mas
acrescentou que, se necessário, mediará um acordo.
“Eu acredito que
eles [deputados] vão se acertar por lá [pela Assembleia]. Se houver
necessidade, eu estarei mediando esse acordo”, disse.
Já o presidente da
Casa, em entrevista a O Estado na segunda quinzena de fevereiro, se não chegou a
confirmar candidatura, não a descartou. Segundo ele, a decisão a ser tomada
será “de grupo”.
“Quem é de grupo
não pode tomar decisões sozinho”, disse o parlamentar. Segundo ele, os colegas
da bancada e o grupo político ao qual pertence serão consultados. “Sou um homem
de grupo e como tal tomarei decisões em grupo, seja na Assembleia, seja no
grupo político amplo do qual faço parte”, disse.

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