Mortes em Pedrinhas confirmam absoluto descontrole da Segurança Pública, diz Othelino Neto

O deputado
estadual Othelino Neto (PCdoB) disse, em pronunciamento na sessão desta
quarta-feira (16/abr), que as últimas mortes de presos no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas só confirmam o absoluto descontrole do Sistema
Penitenciário do Maranhão, que está em crise permanente.
“Não se vê uma luz
no fim do túnel. Não se vê a governadora Roseana Sarney se posicionar. Quando
falou do assunto, ela perdeu a oportunidade de ficar calada, porque disse que
preferiu investir em outras áreas”, afirmou o parlamentar.
Segundo Othelino
Neto, o Maranhão continua sendo notícia nacional, quase todos os dias, nos
grandes jornais do país com as mortes na Penitenciária de Pedrinhas. “Isso não
pode ser considerado normal. O que está acontecendo no Estado é que o governo
está tentando fazer com que isso pareça normal. Nos últimos quatro dias, foram
três assassinatos e o governo parece que quer deixar isso virar rotina. Isso
não é rotina. O governo precisa ter controle do Sistema Penitenciário”, disse o
deputado.
CAOS NA SEGURANÇA 
De acordo com o
deputado do PCdoB, o problema não é só a grave crise do Sistema Prisional é o
caos no Sistema de Segurança Pública do Estado. O parlamentar lembrou que
representantes dos sindicatos dos policiais militares e dos bombeiros assinaram
um acordo, ao final da greve passada, e o governo do Estado se comprometeu, no
prazo de 10 dias, encaminhar para a Assembleia Legislativa uma Medida
Provisória, garantindo os benefícios às categorias, o que, até agora, não foi
feito.
Othelino disse
ainda que o governo do Estado se comprometeu em suspender as sanções
administrativas àqueles que foram considerados líderes do movimento, como o
sargento Leite e ao cabo Campos, mas, até agora, nada foi feito.
“O que se sabe e o
que está acontecendo é que o Leite continua preso lá em Timon, inclusive será
transferido nos próximos dias para São Luís, onde deverá ser ouvido por uma
comissão disciplinar da Polícia Militar. A informação que temos é que será
trazido algemado para ser constrangido e servir de exemplo para o resto da
corporação”, denunciou o deputado.
Segundo ainda
Othelino Neto, os policiais militares avisaram que não querem retornar à greve,
mas se o governo do Estado insistir e não cumprir o combinado, o movimento
grevista será obrigado a voltar. “Isso não é bom para a polícia, para o governo
e para a sociedade maranhense. Então fica este apelo ao governo do Estado para
que cumpra com o seu compromisso a fim de evitar um transtorno maior”,
finalizou.

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