Baixada discute estratégias para aumentar lucratividade da piscicultura

Na 5ª edição do
Seminário de Piscicultura da Baixada Maranhense, realizado pelo Sebrae,
produtores buscam estratégias para sustentabilidade da atividade
Cerca de 150 participantes estiveram presentes à abertura do Seminário
no primeiro dia de atividades. 
As
perspectivas da piscicultura na Baixada Maranhense e a busca de estratégias que
garantam a sustentabilidade da atividade econômica na região são as principais
pautas da discussão levantada pelo Seminário de Piscicultura da Baixada
Maranhense, que chegou à sua quinta edição, numa realização do
Sebrae no Maranhão. 
Na
abertura das atividades, realizada nesta quarta-feira (21), cerca de 150
pessoas, entre pequenos produtores, estudantes, agentes de desenvolvimento,
pesquisadores e técnicos atuantes na região, participaram das palestras e
debates, buscando identificar pontos fortes e fracos da piscicultura, além de
mapear ameaças e oportunidades do mercado.
De acordo
com o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins, esta nova
edição do seminário trouxe uma programação planejada para atender às demandas
apresentadas pelos piscicultores presentes à Agritec realizada no último mês de
agosto, na cidade de São Bento. “É preciso dialogar com os pequenos produtores
para que seja possível conhecer as principais necessidades do grupo produtivo e
buscar soluções em conjunto que possam garantir a sustentabilidade dos pequenos
negócios deste segmento”, pontuou Martins.
Atualmente,
a Baixada é um dos principais polos de produção piscicultora no Estado e conta
com um projeto do Sebrae exclusivamente voltado para a estruturação e o
desenvolvimento da atividade. O projeto é tocado pela unidade regional do
Sebrae em Pinheiro e atende a 80 piscicultores dos municípios de Pinheiro, São
Bento, Bequimão e Santa Helena.

Na oficina de beneficiamento de pescado, produtores
aprenderam técnicas que podem aumentar o valor da produção. 
Dentre os
desafios a serem superados estão a abertura de novos mercados, um maior
estreitamento das relações entre as associações de produtores e o poder público
dos municípios envolvidos e o investimento conjunto em unidades de
beneficiamento do pescado – que ajudam a agregar valor ao produto, aumentando a
lucratividade, permitindo a conservação do pescado para consumo em períodos de
entressafra e garantindo a sustentabilidade do negócio.  
A gerente
do Sebrae em Pinheiro, Rosa Amélia Borges, lembra que o Sebrae tem trabalhado
para ampliar o mercado consumidor do que é produzido na Baixada. Uma das ações
significativas desta iniciativa foi a aproximação de piscicultores de Bequimão
e os restaurantes da cidade de Alcântara que participaram do Festival
Gastronômico Sabores do Pescado, promovido pelo Sebrae neste mês de outubro.
“Foi uma iniciativa que aproximou as duas pontas da cadeia produtiva e efetivou
uma parceria que deve ser duradoura e pode até estender-se a outros municípios
da região”, ressaltou Rosa.
Programação – Além
das discussões e palestras, os participantes do Seminário de Piscicultura da
Baixada Maranhense também contaram com oficinas que orientaram sobre técnicas
inovadoras para o manejo, o arraçoamento nos tanques e o beneficiamento do
peixe. Um Dia de Campo está programado para esta sexta-feira, 23, no
encerramento do evento. Na oportunidade, os participantes poderão acompanhar
atividades práticas e a testagem da qualidade da água dos tanques visitados.
Para o
presidente da Associação de Piscicultores de São Bento, José Carlos Silva, a
atuação do Sebrae tem sido definitiva para a melhoria da produção regional do
pescado criado em cativeiro e a continuidade da parceria é muito bem-vinda.
“Buscamos melhorar sempre nosso negócio e não abrimos mão do apoio do Sebrae,
que tem sido o grande incentivador dessa atividade na Baixada”, disse o
piscicultor.
O
seminário conta com a parceria da Uema, Senar, prefeituras de São Bento,
Bacurituba, Cajapió, associações de piscicultores da Baixada Maranhense,
Cooperativa de Piscicultores e Pescadores Artesanais da Baixada e Ifma.

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