Oposição chama a atenção para greve dos servidores da Aged e responsabiliza governo

Othelino
Neto: 
o governo não está
acenando objetivamente para reivindicações da categoria
Os deputados estaduais Othelino Neto e Rubens Pereira
Júnior, ambos do PCdoB e da bancada de Oposição, destacaram, na sessão desta
segunda-feira (09), a greve geral dos servidores públicos da Agência de Defesa
Agropecuária do Maranhão (Aged-MA). A paralisação da categoria Atividades de
Fiscalização Agropecuária (AFA), de âmbito estadual, começou na última
segunda-feira, dia 8 de setembro.
“Volto a esta tribuna para manifestar a preocupação por
conta da greve dos servidores da Aged por tempo indeterminado”, disse Othelino
Neto, afirmando ainda que conversou com o presidente do Sindicato dos
Servidores da Fiscalização Agropecuária, Francisco Saraiva, que manifestou a
apreensão, principalmente, em relação ao fato de o governo não está acenando
objetivamente para reivindicações da categoria.
De acordo com o parlamentar, os servidores da Aged
reclamam, por exemplo, de, há 6 anos, terem processos tramitando solicitando a
insalubridade e os processos não são concluídos. Reivindicam ainda a alteração
do Artigo 29 da Lei de Cargos de Salários que diz respeito à questão do auxílio
alimentação que hoje tem um valor fixo. E os servidores da Aged solicitam que
seja alterada a lei e que esse valor possa ser fixado através de decreto para
evitar morosidade quando for atualizado.
“O governo se comprometeu em encaminhar esse projeto de
lei para a Assembleia e não só não o enviou quanto não deu uma resposta
objetiva para os servidores da Aged. O outro fato que merece destaque é que 50%
do quatro da Aged hoje são de terceirizados”, comentou.
 Othelino disse também que o Maranhão, de acordo
com informações do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária, é o
Estado que tem mais servidores terceirizados na Agência de Defesa Agropecuária
do Brasil. Eles reivindicam que seja realizado concurso, que é a forma mais
democrática e legal de admissão.
Impactos da greve
“A terceirização é uma forma de burlar a legislação e
que certamente deve atender a interesses menores e eleitoreiros dos governos. O
impacto desta greve, que é por tempo indeterminado, é que o Maranhão fique
exposto, inclusive as barreiras fitossanitárias vão ficar sem ocorrer durante
esse período, porque os servidores estão em greve”, disse o deputado do PCdoB.
Othelino alertou que se essa greve se estender, o
Maranhão pode correr o risco até de desabastecimento porque boa parte do que é
consumido no Maranhão, produtos de origem animal, vem de outros estados.
A oposição defendeu que o governo do Estado tenha a
sensibilidade de sentar e negociar com os representantes do Sindicato da
Fiscalização em Defesa Agropecuária do Estado do Maranhão, o que, até agora,
não o fez para que o Maranhão não seja prejudicado, mais uma vez, pela omissão
do governo.

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