Othelino lamenta aumento da criminalidade em Pinheiro e destaca paralisação de delegados

Em Pinheiro, no
último final de semana, bandidos tocaram fogo em uma viatura da Polícia Civil e
houve também mais dois homicídios no município da Baixada.
Para o
deputado do PCdoB, o que acontece na Segurança Pública hoje é a falta de gestão
e de competência.
O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB)
lamentou, na sessão desta quarta-feira (19), o agravamento da crise na
Segurança Pública do Maranhão com os indicadores que só pioram e informou que
os delegados realizarão paralisação de advertência, nesta quinta-feira (20),
por conta das péssimas condições de trabalho. O parlamentar disse também que,
em Pinheiro, no último final de semana, bandidos tocaram fogo em uma viatura da
Polícia Civil e houve também mais dois homicídios no município da Baixada. Em
São Luís, foram 13.
“Veja a que ponto chegou a desmoralização
do Sistema de Segurança Pública do Maranhão. Tocaram fogo em carro da polícia,
aqui em São Luís, e agora esse atrevimento chegou ao interior do Estado. Ou
seja, não se respeita mais a Segurança Pública”, lamentou Othelino Neto.
Segundo Othelino, o que acontece na
Segurança Pública hoje é a falta de gestão e de competência, porque a
governadora Roseana Sarney não tem autoridade e nem comanda, satisfatoriamente,
o sistema. O parlamentar lamentou o fato das delegacias de São Luís e algumas
do interior estarem quase caindo sobre as cabeças de quem está lá dentro. “Teve
delegacia que precisou ser desocupada às pressas, porque estava para cair”, observou.
Delegados vão fazer paralisação 
Othelino disse que a Polícia Civil do
Estado nunca havia passado por uma crise tão grande como essa que enfrenta
agora. “Em uma reunião recente da Associação dos Delegados de Polícia, a
constatação foi a de que esse é o pior momento. Isso não sou eu quem está
dizendo, mas a Adepol”, comentou Othelino Neto.
Nesta quinta-feira (20), todos os
delegados do Maranhão farão 24h de paralisação de advertência, exigindo
melhores condições de trabalho para que eles possam realizar a função deles,
além de cumprir a obrigação de polícia investigativa, coisa que o Estado não
tem lhes permitido. “Eles querem estrutura e um maior efetivo”, frisou
Othelino.
Com base em conversas com delegados,
Othelino disse que para o Estado chegar perto do equilíbrio é preciso haver um
novo concurso para nomear, pelo menos, mais mil policiais e cem delegados. 
“Não adianta o governo ficar só na
propaganda mostrando que comprou viatura, se não der condições de trabalho à
polícia. E essa crise que a Polícia Civil vive hoje, que na realidade é um
retrato do caos no sistema como um todo, evidencia, mais uma vez, o quanto o
Estado foi incapaz de gerenciar o Sistema de Segurança Pública”, finalizou
Othelino.

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