Pinheiro: Pacto analisa o conceito de sujeito de direito no ensino médio

PINHEIRO
– O tema O Jovem como
Sujeito do Ensino Médio
foi o recorte feito pela professora e
especialista em educação, Elcimar Silva Amorim, que é uma das responsáveis pelo
I Encontro de Formação Continuada para Orientadores de Estudo que está
acontecendo, na cidade de Pinheiro, até o dia 31 de outubro. O encontro está
acontecendo, ao mesmo tempo, em 19 regiões do Maranhão como parte do Pacto
Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.
O
conceito de jovem como sujeito de direito é a substituição da ideia de um
indivíduo isolado, sem nenhuma intervenção no contexto social para a ideia de
um sujeito que deve funcionar como um ator político capaz de produzir
conhecimentos, a partir de suas próprias vocações endógenas, de suas
experiências e da constituição de suas identidades. Esse é um dos desafios
propostos pelo Pacto para a discussão das novas diretrizes curriculares que
devem pautar os futuros currículos e projetos políticos pedagógicos.
No
enquadramento feito pelos professores de Cururupu, de Santa Helena, de
Guimarães, de Turilândia, de Bequimão, de Turiaçu, de Mirinzal, de Central do
Maranhão, de Bacuri, de Porto Rico, de Apicum-Açu, de Cedral, de Peri-Mirim, de
Pedro do Rosário, de Serrano do Maranhão, de Presidente Sarney e de Penalva,
alguns aspectos foram destacados para registrar as representações que as
escolas possuem dos seus jovens. Características estéticas, comportamentais,
políticas, ideológicas, culturais e mesmo éticas foram lembrados por esses
professores para esteriotipar um único perfil que é o do aluno padrão.
Nesta
perspectiva, a discussão sobre a flexibilização dos currículos deve levar em
consideração os conceitos, ideias, padrões, comportamentos e posicionamentos
culturais extracurriculares dos jovens, e que devem servir de referência para o
reconhecimento da identidade destes grupos nos seus locais de pertencimento. A
questão central na discussão entre os professores foi a tentativa de encontrar
o equilíbrio entre os limites e usos, por exemplo, das novas tecnologias em
sala de aula, isto é, encontrar parâmetros de tolerância entre a participação
individual e a participação coletiva.
Uma
questão ficou clara para que a melhoria da qualidade do processo
ensino-aprendizagem obtenha sucesso: tornar o jovem protagonista de sua própria
história, a partir de suas potencialidades, de suas contradições, mas,
principalmente, de suas potencialidades. Para a professora Elcimar Amorim, “é
importante relacionar os conteúdos desenvolvidos na escola com o mundo do
trabalho, mundo da ciência e mundo da cultura, para que o aluno possa ser
estimulado a prosseguir o seu projeto de vida, sabendo que opções ele possui
para o futuro.” O aluno deve partir do seu mundo cotidiano, produzir conhecimentos
e voltar para intervir na sua localidade e estimular as mudanças que devem
resultar no bem-estar de todos.
Outro
aspecto lembrado é pensar os jovens a partir dos seus territórios de
pertencimento por meio da reflexão sobre os locais que frequenta, sobre os
espaços de lazer, de poder, de sociabilidade, dos estilos de vida, dos valores
cultivados, dos interesses individuais e coletivos, e também dos conflitos e
divergências que caracterizam as suas experiências. No final desse processo, a
ideia é a de que a formação teórica deve ter por base a cidadania (valores,
conteúdos cívicos, regras institucionais, regras de convivência) para estimular
o convívio na esfera pública.
 Do Portal UFMA

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