Por que tanta pressão para que Marco Feliciano não continue na Comissão de Direitos Humanos?

Por que tanta
pressão para que Marco Feliciano não continue na Comissão de Direitos Humanos e
Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados? Discordar é um direito, porém não
podemos ser contra alguém em tudo só porque não gostamos dessa pessoa.
Eu mesmo tenho
divergências com Feliciano, mas não permito que as diferenças se sobreponham ao
meu senso de justiça e caráter. E, por trás dessa perseguição que mobilizou a
opinião pública e a imprensa, sei que existe um sórdido jogo político para
esconder questões sérias.
Após 16 anos, o PT
abriu mão da direção da CDHM e coube ao PSC definir quem seria o novo
presidente. Quando os ativistas gays, o PT e os partidos de esquerda
descobriram que o novo líder do colegiado seria Marco Feliciano, eles reagiram
para não ter nessa comissão alguém que tem lutado contra seus ideais.
Como não
conseguiram vencer no grito, deputados do PT, PSOL e de outras legendas criaram
a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, a fim de garantir na
Câmara a defesa de projetos como o casamento gay e a descriminalização do
aborto. Mas existe algo mais contraditório do que “defensores dos direitos
humanos” serem a favor do aborto? Tem coisa mais terrível do que tirar a vida
de um bebê no ventre da mãe?
Toda essa
mobilização tinha um motivo maior: desviar os holofotes do PT. Afinal, enquanto
se discutia a posse de Feliciano na CDHM, dois deputados condenados pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP) e
José Genoino (PT-SP), tornaram-se membros da Comissão de Constituição e Justiça
e de Cidadania, a mais importante comissão da Câmara.
No currículo
desses parlamentares do PT constam condenações por corrupção. Mas, a imprensa
se voltou apenas para o caso do deputado que fez declarações infelizes, as
quais foram consideradas homofóbicas e racistas pelos ativistas gays e
parlamentares de esquerda. Feliciano, porém, não pode ser julgado por tais
acusações. Ele nunca bateu ou matou um gay, e sua origem é negra.
Não contente com a
repercussão desse episódio, a oposição passou a patrulhar as falas de Feliciano
nos púlpitos das igrejas, acreditando que a forma como manipulam a informação
seja capaz de condenar o direito de opinião do cidadão brasileiro. Não demorou
muito para o pastor ver mais uma vez suas palavras repercutirem na imprensa.
Desta vez porque comentou que a CDHM era “dominada por Satanás”.
Independentemente
de concordar ou não com as declarações de Feliciano, não posso esquecer que ele
foi eleito pelo povo e que tem o direito de expressar a sua opinião, sendo
resguardado pelo inciso IV, do artigo 5º da Constituição Federal. Mais do que
isso, a Carta Magna lhe garante o direito à liberdade religiosa (incisos VI e
VIII do mesmo artigo), uma vez que ele estava no púlpito falando na qualidade de
pastor e não como deputado.
Pergunto: se a
oposição pode acusar os que discordam deles de homofóbicos e racistas, por que
o povo evangélico não pode chamar essa perseguição de evangelicofobia? Dentro
desse Estado democrático de direito, onde a maioria é cristã, a democracia só
vale para a minoria? O fato é que os ativistas gays e seus defensores não
suportam o debate. Pode-se falar mal do presidente da República, do Judiciário,
dos católicos, dos evangélicos, mas, se criticarmos a prática homossexual, somos
rotulados de homofóbicos.
O crime de opinião
já foi extinto de nosso país com o fim da ditadura militar. Mas agora querem
instaurar a ditadura gay, que, além de perseguir as ideologias políticas,
também combate as crenças religiosas. Diante dessas manifestações, só podemos
chegar a uma conclusão: PT e Dilma Rousseff estão sinalizando que abrem mão da
comunidade evangélica nas próximas eleições.
Por: Silas
Malafaia.

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