![Bajuladores ao lado de Flávio Dino no dia da inauguração do Hospital.](https://i0.wp.com/vandovalrodrigues.com/wp-content/uploads/2016/06/mm-1.jpg?resize=680%2C453)
Um médico que trabalha no Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago, em Pinheiro, afirmou que, mesmo funcionando precariamente, o serviço de neurocirurgia da unidade era o único na região e, com a sua desativação, as pessoas da baixada que sofrerem algum trauma de crânio podem não ter chance de chegar com vida a São Luís. O médico, que preferiu não se identificar, disse que o hospital nunca foi equipado com material para cirurgia eletiva.
“Tínhamos material mal para fazer trauma. Acho que não se pode em falar custo alto quando o valor pago é o mesmo pago pelo socorrão aqui em São Luís. O hospital nem de longe estava no mesmo patamar que o hospital de Coroatá, que, na época do Murad (Ricardo Murad, ex-secretário de Estado da Saúde), funcionava muito bem e agora já está sucateado também aguardando o término das eleições para o serviço ser fechado também”, observou o médico, criticando a postura da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de suspender a área de neurocirurgia do Hospital de Pinheiro por alegar alto custo do serviço e baixa demanda.
“A pouca demanda significa atender várias solicitações de transferência por dia, mas ter dificuldade de receber o paciente porque o Estado fechou a porta. Isto é, o paciente só pode ser trazido se a regulação liberar. Uma forma de seletivar o atendimento é não receber os traumas, mas se for apadrinhado pode. Ontem (quarta-feira) mesmo internaram um paciente lá com a tomografia do hospital quebrada. Na UTI! Fingindo que estão dando assistência quando nem se sabe qual a causa da lesão: AVC isquêmico ou hemorrágico. E se precisar de neurocirurgia não terá mais avaliação a partir do dia 18”, denunciou.
Do Imirante.