Maranhão aprova carta contra a terceirização

 Zé Inácio afirma que trabalhadores terão diretos garantidos.
A Comissão de Direitos Humanos do Senado
aprovou com votação simbólica dos trabalhadores a Carta contra a terceirização
em São Luís do Maranhão, durante audiência pública na última sexta-feira (7),
com a presença do Senador Paulo Paim (PT/RS). A
audiência pública tratou sobre o Projeto de Lei nº30, de 2015, que prevê a
terceirização de inúmeras atividades profissionais no país.
O
deputado Zé Inácio (PT/MA), presidente da Comissão dos Direitos Humanos e das
Minorias é parceiro e defensor desta pauta. 
O parlamentar destacou que o Maranhão está antenado com o quê vem
tramitando no Congresso.  “Nós deputados
e membros da Comissão dos Direitos Humanos estamos dando a nossa contribuição
para o acontecimento desta audiência e lutando para que os trabalhadores tenham
seus direitos garantidos e não violados da forma como vem sendo apresentada a
proposta da terceirização”, disse Zé Inácio.  
São Luís foi
a 14ª capital
a realizar plenária
dessa natureza por iniciativa do Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores
Ameaçados pela Terceirização e solicitação da CDH Senado. Além da presença
mássica de entidades representativas dos trabalhadores, como comerciários,
Sindoméstico, Sintsprev, Urbantários, Rurais, Químicos, Sindjus, Ferroviários,
Sindstalma, Centrais Sindicais, CUT, CTB, Nova Central e Força Sindical.  Ainda participaram do evento os deputados Wellington
do Curso e Fernando Furtado. Além de representantes das Centrais Sindicais.

                             Votação da carta contra terceirização é unanime no
Maranhão.     
Paim
reforçou a necessidade da unicidade entre as centrais sindicais do Maranhão e
fez duras críticas à possibilidade de aprovação da terceirização no País.
“Podemos virar trabalhadores de aluguel”, afirmou Paim.
Dados – Vale lembrar que auditores
fiscais do Ministério do Trabalho que, dos 50 mil trabalhadores resgatados da
condição de trabalho escravo nos últimos anos, cerca de 40 mil eram
terceirizados.
Dos
atuais 12,5 milhões de terceirizados, outros 37 milhões de trabalhadores de
carteira assinada poderiam ser terceirizados e ter direitos negados, como é denunciado
por diversos órgãos do judiciário. 
O
senador Paulo
Paim foi enfático contra a terceirização. “Este projeto descaracteriza as
relações de trabalho, acabando com as classes profissionais. Não teremos mais
enfermeiros ou metalúrgicos, mas um número que atende a uma empresa que não tem
qualquer identidade com aquele trabalhador. Reduz salários e ainda gera muito
mais acidentes de trabalho, com uma enorme rotatividade do emprego”,
afirmou.

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